Eu amava o seu corte de cabelo, mesmo odiando quando você cortava.
Eu amava implicar com você implorando pra você não fazer a barba, ainda assim você fazia.
Eu amava o jeito que amarrava o cadaço do seu tênis. Você fazia uma confusão em algo tão simples que parecia comigo.
Eu amava suas palhaçadas. TODAS! Sem exceções. Mas nossas guerras de travesseiros eram infalíveis.
Eu amava quando ficava emburrado e fazia um biquinho, que por sinal era lindo. Eu te enchia de beijos e mais beijos, até você dar aquele maravilhoso sorriso que eu também amava.
Eu amava quando você me levava pra comer em algum lugar. Sempre você tinha que parar em alguma loja de roupa e comprar logo aquela camisa que eu achava horrível e era absurdamente cara. Você pedia minha opinião, mas não servia de nada. No final você ficava inquieto e eu dizia: “Amor vai lá e compra aquela blusa. Apesar de eu achar super cara e feia, o que importa é que você gostou.” Você voltava e comprava todo feliz.
Eu amava sua voz. Mesmo quando cantava. Apesar de ser tão fora do ritmo, você cantava tão hilariamente que não me importava com o tom que fazia.
Eu amava nosso suor. Amava mais ainda quando os vidros do carro ficavam embaçados e eu escrevia as iniciais do nosso nome nos vidros.
Eu amava nossas aventuras nos estacionamentos. Você gelando de medo de ser pego por algum guarda e quase fomos. Na verdade, um emo acabou fazendo xixi no pneu do carro e estávamos dentro (risos). Sua cara de indignação foi inesquecível. Mas o que se tornou inesquecível de verdade foi o beijo que me deu logo após.
Eu amava como você me olhava. Era ao mesmo tempo algo místico e engraçado. Você me olhava bem fundo e dizia: “Amor, eu te amo.” Logo após me batia e dizia: “Sua mongol, não te suporto.” Como eu me sentia bem ouvindo essas coisas.
Eu amava a sensação de te amar. Não tinha medo de nada e nem de ninguém.
Segurando sua mão pra mim não existia nada além de nós.
“O mundo poderia acabar agora. Desde que você esteja aqui do meu lado, eu não me importo.”
“- Há um brilho nos seus olhos que sempre que começo a pensar em desistir de nós, esse brilho fica mais intenso. Pintinhas coloridas! É só pensar em desistir de você que elas aparecem com tanta intensidade. Estou vendo elas nesse momento.
- Estava pensando em desistir de mim?
- Sim...
- Não seja doida de insistir nessa idéia. Respeite as pintinhas.
- Bobo! Eu te amo tanto.
- Eu também te amo tanto chata. Linda!
- Meu lindo!
- Minha ruiva.
Como eu amava cada milésimo de segundo que existia no espaço onde nossa sintonia era perfeita.
No espaço entre o silêncio de um “Eu te amo” e o berro de um “Não me deixe”.
Como eu amava aquele amor... Como nós nos amávamos. Como era bom ser feliz. Como era bom amar e ser amada. Como era boa tal sensação.
Acho que sinto sua falta.
Por: Janaína Vieira
Nenhum comentário:
Postar um comentário