Um dia existiu um jardim, maravilhoso, lindo, encantado... Onde uma flor se apaixonou completamente por uma borboleta... A flor sempre soube desde a primeira vez que viu essa borboleta que a amava incondicionalmente, pois somente essa flor enxergava essa borboleta colorida, com várias pintinhas... Mas a borboleta era toda azul.
Já a borboleta, na primeira impressão queria só conhecer a flor... Que até então, era somente mais uma flor dentre tantas outras naquele jardim.
Mas como o destino era inevitável, a borboleta se apaixonou pela flor.
Com o passar dos tempos, a flor e a borboleta estavam em total sintonia... Era uma “sintonia perfeita”. Até um dia em que a borboleta ficou distante, mudou, esfriou com a flor... A flor se sentiu sozinha, desprezada, desprotegida... E aparece um beija-flor para consola – lá... Um beija-flor que oferece tudo aquilo que um dia a borboleta ofereceu e que havia deixado no tempo. A flor tenta fazer de tudo, mas não adianta a borboleta nunca percebe e quando percebe não faz diferença. Quando a borboleta cai em si, tenta mudar... Mas toda mudança se torna insignificante... A flor coloca a borboleta contra a parede, fazendo com que ela decida-se sobre a tal relação. A borboleta então chora, e então deixa a flor livre para buscar um novo caminho... Com coração partido, a flor sofre por um período... Então morre para nascer novamente, pois a vida continua... Flor acabou se envolvendo com outras borboletas, com o beija- flor, mas nada substitui a sua borboleta de ”pintinhas coloridas”. Hoje ela se encontra envolvida com outra borboleta... E ela vive de mentiras... Ainda mantém contato com a borboleta das pintinhas... Ela sabe que está iludindo essa borboleta na qual está se envolvendo atualmente... E está também iludindo a si mesma, pois sabe que nunca esquecerá a borboleta azul.

Por: Janaína Vieira